20 de julho de 2017 Flexibilidade e inovação: grandes empresas revelam o que procuram nas startups
Soluções inovadoras e flexibilidade são as características mais procuradas por grandes empresas na hora de firmar parcerias com startups. É o que afirmam representantes da Natura, Furukawa, Novozymes, Microsoft e MATERA, grandes companhias que participaram do Demoday promovido pelo Movimento 100 Open Startup na Unicamp, em junho, com apresentação de pitches de mais de 20 startups da região. Representantes dessas grandes empresas, que já usam soluções desenvolvidas por startups, revelam que buscam parcerias nas quais não seja apresentado um modelo pronto, mas sim, um formato em que seja possível construírem juntos um solução que mais se adeque às necessidades da empresa. Confira:
Marina Almeida, coordenadora de Inovação Comercial da Natura e responsável pelo Programa natura Startup
“Para qualquer empresa grande se manter competitiva e conseguir sobreviver no atual cenário é fundamental que se alie às startups. Especialmente porque elas têm uma agilidade muito maior. É um casamento que permite às grandes empresas utilizar um formato de trabalho mais ágil, gastando pouco, testando rápido. Por isso, é importante haver uma comunicação eficiente e clara de como a solução apresentada pela startup pode ajudar a resolver as questões da grande empresa. Esse é o principal desafio neste relacionamento, pois muitas vezes as startups levam soluções que não se encaixam à nossa realidade. Saber se comunicar e entender a linguagem que a empresa fala, seus processos e indicadores, é essencial.”
Sergio Scarpin, gerente de desenvolvimento Furukawa
“As parcerias com startups permitem que as grandes empresas ganhem velocidade em muitas áreas. Mais do que novas tecnologia, buscamos nas startups aplicações novas de tecnologias já existentes, além de uma visão diferente. Soluções que, mesmo tendo recursos, as grandes empresas não conseguem alcançar. Esperamos das startups ideias novas que ofereçam soluções e transformações tanto em termos de produtos, quanto em processos ou formas de trabalhar. No entanto, é bastante importante ressaltar que, mais do que um modelo pronto, nós esperamos das startups uma troca de experiências para que possa ser desenvolvida uma solução em conjunto. Como grande empresa, podemos oferecer uma experiência de negócio e mercado enquanto as startups têm competência para apresentar uma ideia inovadora”
Rodrigo Matsushita, gerente de novos negócios Novozymes
“As grandes empresas são vistas como engessadas por concentrarem muitos processos que precisam ser seguidos. Por isso, as startups precisam compreender a necessidade de serem mais flexíveis. Muitas vezes, há uma expectativa por parte das startups de que sejam feitos investimentos em seus projetos. Não buscamos isso. Buscamos tecnologias que possam nos ajudar por meio da oferta de um produto. Recentemente, passamos por uma experiência interessante em que uma startup queria lançar um livro-aplicativo; um produto que não faz parte do nosso core business. No entanto, decidimos criar um livro-aplicativo educacional voltado à biotecnologia, que é a essência do nosso negócio. A startup topou e foi bastante flexível, adequando o produto e o modelo para atender nossos interesses. É essa flexibilidade que as grandes empresas procuram.”
Alexandre Souza Pinto, diretor de Inovação e Novos Negócios MATERA
“Hoje uma empresa não tem capacidade de atender tudo, como por exemplo aplicação de processos relacionados à inteligência artificial e internet das coisas. Além de uma ideia inovadora, nós buscamos startups que tenham um produto para ser apresentado, ao menos um MVP, e que tenha algum tipo de tração, seja receita ou um case. Para nós, é importante que elas nos apresentem uma solução que tenha garantia de funcionamento, qualidade e que consiga demonstrar isso na prática. Para nós, o modelo de negócios das startups nos permite utilizar competências já desenvolvidas. Estrategicamente, é mais interessante estabelecer parcerias do que desenvolver essas competências dentro da própria empresa, o que demandaria muito tempo.”
Patrick Tedeschi, coordenador do MIC Microsoft Campinas
“Vemos hoje que as startups são os motores que proporcionam a transformação digital. Se olharmos para trás, as grandes empresas que surgiram trazendo novos serviços são startups. Por isso, nós hoje buscamos nas startups a inovação, vontade de vencer e agarrar o problema. Por serem mais flexíveis, as startups se dão o direito de errar e, errando mais rápido, conseguem se reinventar para obterem o sucesso mais rápido ainda. Nós olhamos muito para esse modelo de negócio e o que ele tem a nos oferecer.”
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