Embrapa anuncia empresas parceiras do AgNest, laboratório voltado à inovação no agro

Embrapa anuncia empresas parceiras do AgNest, laboratório voltado à inovação no agro

Embrapa tornou público o resultado final do edital relacionando as empresas classificadas para ocuparem as vagas de parceiros fundadores do AgNest, empreendimento que visa formatar um ambiente de inovação no formato farm lab no PaísEssas companhias comporão o comitê gestor da iniciativa. São elas: Bayer, Banco do Brasil, Nutrien Soluções Agrícolas e Máquinas Agrícolas Jacto.

seleção foi feita por meio de um Chamamento Público para que empresas interessadas se candidatassem. Os critérios de escolha foram estabelecidos em edital, e as quatro empresas classificadas confirmaram a adesão.

As aprovadas irão estabelecer parceria seguindo um modelo de governança público-privada que tem a Embrapa como instituição âncora em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Nesse início, o comitê gestor terá como função estruturar e implementar o AgNest, além de estabelecer modelo de governança e gestão capaz de viabilizar o início efetivo de seu funcionamento. Ainda, será o responsável por estabelecer as condições e critérios para contratação do Gestor Operacional, instituição responsável para gerir a administração, operação e negócios do hub de inovação.

A partir das ações estruturantes iniciais, o empreendimento estará apto a abrir, inclusive, chamadas públicas para atração de novos parceiros de inovação, agregação de startups, captação de recursos, formalização de projetos de parceria, e abertura de sua agenda de pesquisa, desenvolvimento e inovação para geração de soluções digitais e sustentáveis em prol da agricultura brasileira.

Corredor de inovação 

O AgNest está estrategicamente integrado ao Corredor Paulista de Inovação Agropecuária, um pujante ecossistema de inovação em fase de consolidação na região que abrange os municípios paulistas de Campinas, Jaguariúna, Piracicaba, São Carlos e Ribeirão Preto.

Nessa região, o foco está nos principais atores de PD&I e agronegócios, como instituições de Ciência e Tecnologia, universidades, grandes corporações, ambientes de inovação e 33% das agtechs do País, que juntos representam o potencial de desenvolvimento e entrega de soluções tecnológicas e novos ativos para o agronegócio brasileiro. Em 2021, em um estudo realizado pela Wylinka Association, foram mapeados 378 atores e programas que atuam nesse ecossistema, refletindo a importância e o poder que essa região representa.

O Corredor está sendo formalizado por meio de uma iniciativa multi-institucional coordenada pela Embrapa e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com a participação de importantes players, como Sebrae, Unesp, parques e ambientes de inovação, incubadoras e Prefeituras.

Laboratório vivo

O AgNest surge como uma solução de ambiente promotor de inovação, com estrutura para ações e atividades em campo, para startups e corporações, com vistas à criação, desenvolvimento, validação, demonstração e ações voltadas para novas soluções tecnológicas para agropecuária. Será estruturado para proporcionar ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação, para sustentabilidade do agronegócio brasileiro, em um ambiente habilitado para a experimentação em campo, com foco na agricultura digital e com conectividade, fortalecendo a inovação aberta e o empreendedorismo no setor agropecuário.

Está sendo estruturado para se apresentar como um laboratório vivo no ambiente rural, um Farm Lab, com foco em Agtechs no conceito Plug and Play, onde startups e corporações, isoladas ou em conjunto, poderão se conectar, desenvolver atividades e acessar o mercado com maior celeridade.

O projeto recebeu financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com recursos aplicados no aprimoramento da infraestrutura local para instalação de ferramentas de conectividade, sensores, máquinas e equipamentos.

O ambiente de inovação que se almeja instituir buscará integrar, com maior proximidade e intensidade, empresas, governo, instituições científicas, tecnológicas e de Inovação – ICTs, investidores, organizações da sociedade civil, startups, agentes fomentadores, entre outros, em um mesmo ambiente, conectando-os a uma infraestrutura tecnológica e de negócios propícios ao desenvolvimento do agronegócio brasileiro

Por essas características estratégicas, o hub assumirá um papel estratégico como o principal ambiente de inovação, no contexto do Corredor de Inovação Agropecuária, posicionando a Embrapa como um player relevante e promotor deste crescente ecossistema de inovação para o setor do agronegócio nacional.

Para saber mais sobre o AgNest Farm Lab e o processo de seleção das empresas que atuarão como parceiras fundadores, clique aqui.

Texto: Marcos Vicente (MTb 19.027 MG)
Embrapa Meio Ambiente