22 de maio de 2018 Campinas recebeu 15% de todo investimento em pesquisa feito no estado em 2017, diz Fapesp
Campinas recebeu 15% de todo o valor desembolsado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) no estado em 2017. Ao todo, foram repassados para a cidade, R$ 159,9 milhões de um orçamento de R$ 1,058 bilhão investidos em programas que vão desde pesquisas acadêmicas a projetos que promovam inovação em pequenas empresas.
Os dados foram fornecidos pela Fapesp – uma das principais agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do país – e confirmam a demanda que a cidade tem por investimento em projetos que incentivem o ecossistema inovador da região. O balanço também destaca o desempenho da Unicamp: do valor desembolsado para o município, R$ 138,1 milhões foram enviados a projetos viabilizados por meio da universidade, o que representa 86% do total.
“Campinas possui uma postura empreendedora, mas com perfil inovador. Com a presença, principalmente da Unicamp, os novos negócios que surgem têm muito mais qualidade devido à formação de gente altamente qualificada”, afirmou o diretor-presidente do Conselho Técnico Administrativo da Fapesp, Carlos Américo Pacheco.
O programa “Bolsas no País” – que engloba iniciação científica, mestrado, doutorado entre outros – foi o que mais recebeu investimento: R$ 53,68 milhões, o que representa 33% de todo o valor desembolsado para a cidade. Ao todo, foram 1.703 projetos vigentes em 2017.
Em seguida, com R$ 27,9 milhões, está o programa “Auxílio à Pesquisa” que financia projetos vinculados às instituições de ensino do estado.
No campo do empreendedorismo, a cidade também tem demandado investimentos. O PIPE (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas), que apoia pesquisas em empresas com até 250 empregados e voltado principalmente a startups, recebeu R$ 8,8 milhões em 2017. Ao todo, estiveram vigentes ano passado, 96 projetos, ocupando o quinto lugar entre os programas financiados pela Fapesp.
Para Pacheco, os dados demonstram como as duas importantes características de Campinas – inovadora e empreendedora – então interligadas. “Pesquisas de qualidade são importantes, pois empresas de base tecnológica não são inovações triviais e pressupõe-se ter um conteúdo crescente de qualidade. O que a gente quer é alinhar ciência de qualidade à capacidade empreendedora. E Campinas consegue isso”, afirmou.
Para Eduardo Gurgel do Amaral, diretor do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp e vice-presidente de administração e finanças da FFCi (Fundação Fórum Campinas Inovadora), o investimento em pesquisa fortalece o potencial da região como um ecossistema competitivo e inovador. “O indicador demonstra que Campinas têm uma demanda significativa por investimentos em projetos de pesquisa, que a consolida como grande polo tecnológico, inovador e empreendedor. Aponta ainda que o seu ecossistema é composto por grandes atores empenhados nesse desenvolvimento.”
Alinhado a esse propósito, a FFCi realizará nos dias 24 e 25 de outubro, o InovaCampinas 2018, o principal evento de empreendedorismo e inovação do interior do país onde estarão reunidos empresas, startups, instituições, incubadoras, investidores etc. “Por meio do InovaCampinas, buscamos destacar a região como protagonista nos cenários nacional e internacional e trazer um debate amplo e relevante sobre o papel da inovação na economia atual.”
InovaCampinas | 24 e 25 outubro 2018
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