1 de outubro de 2020 Artigo: Navegando na incerteza, inovar é “preciso”!
por José Eduardo Azarite, sócio-diretor e VP de Inovação Corporativa da Venture Hub e VP de Marketing da Fundação Fórum Campinas Inovadora (FFCi)
Das lendárias cartas náuticas aos sofisticados instrumentos de navegação, nos salta aos olhos que, num mar revolto em dúvidas sobre o futuro de empresas, produtos, profissões e modelos de negócio, a inovação pode parecer tão precisa, como jamais a consideramos, afinal estamos numa época em que o inimigo real é invisível, não vem do mercado, vem de atropelo, sem se apresentar e tem o poder de mudar comportamentos e crenças e acelerar transformações numa velocidade ainda não experimentada. Quem ousa dizer que estava preparado?
E quando uso o termo precisa é porque há métodos e procedimentos por trás da inovação, mesmo que muitos se contentem com o chamado “teatro da inovação “(1) em que grandes empresas são seduzidas pela contratação de um “ C-Level Innovation Head” ou criação de espaços coloridos e descolados e realização de “Silicon Valley Tours”, seguidos da solene criação de um “Innovation Lab” que possa ostentar um rico “post-it™ environment” para dinâmicas criativas até “quase MVP”.
Agora, mais do que nunca, as companhias estão sob pressão para inovar e fazer seus produtos, operações e modelos de negócios mais atraentes e competitivos (2), sob risco de perder perigosamente a relevância no pós-pandemia, mas aí podemos lançar mão da “inovação” em suas diferentes facetas: Disruptiva, de produto, de modelo de negócio, “breakthrough innovation” (inovação radical que rompe um segmento com uma abordagem “fora da caixa”), na experiência do cliente, no comportamento do cliente e na inovação cultural ( focada em forte cultura do time interno voltada à inovação )
Fazer tudo isso internamente ou sozinho é um desafio constante para se mostrar viável, minimamente para seu CFO, CEO ou mesmo Conselho de Administração, que rapidamente virão com aquele papo de “ROI da Inovação” e você corre o risco de ficar sem uma resposta sustentável se não tiver uma estratégia pautada por metodologias estruturadas de “Inovação Corporativa”, que aliam metodologias ágeis com a estratégica inserção em um ecossistemas de inovação aberta em que existam diferentes stakeholders, com os quais suas ações se complementam e ganham significativa sinergia.
É nesse contexto que acreditamos que Inovar é uma jornada que passa por um momento de transformação cultural, via a construção de um mindset colaborativo, “lean” e ágil nas ações individuais e nas estratégias corporativas, seguida de um conjunto de instrumentos e ferramentas fortemente pautadas por uma inserção assertiva em ecossistemas de inovação aberta em que sua habilidade central será saber navegar precisamente e estar aberto ao novo e ao surpreendente, mas acima de tudo ter a consciência de que muito da disrupção que você procura está em empreendedores internos (intraempreendedores) e externos (startups) e nos centros de excelência ao seu redor (Institutos de Ciência e Tecnologia), mas acima de tudo na sua habilidade de criar valor a partir de processos estruturados de navegação nos tais ecossistemas de inovação e empreendedorismo de alto impacto.
É exatamente neste ponto que o INOVA TRADE SHOW, pode auxiliar você a utilizar adequados “instrumentos de navegação” para construção da sua estratégia, enfim, da sua jornada.
Referências:
https://www.cbinsights.com/research/corporate-innovation-theatre/
https://www.cbinsights.com/research/report/innovation-frameworks-navigate-disruption/
José Eduardo Azarite: além de “runner” meio maratonista, sou entusiasta do empreendedorismo de alto impacto tecnológico e de como os ecossistemas da economia criativa alinham seus atores para promover o desenvolvimento sustentável baseado no conhecimento. Também sou Bacharel em Química, com Pós Graduação pela UNICAMP, MBA em Marketing pela ESPM e Extensão em Gestão Estratégica para Lideranças Empresariais no Insead – Fontainbleau, com sólida carreira do executiva e 5 anos de experiência em C-Level, com foco em marketing, vendas e desenvolvimento de negócios pautados por inovação em tecnologia da informação e comunicação, tendo sido VP Comercial e de Desenvolvimento de Negócios do CPqD (até Jan/2018), Presidente da Fundação Fórum Campinas Inovadora (até Jun/2018). Atualmente sou sócio-Diretor e VP de Inovação Corporativa da Venture Hub e VP de Marketing da Fundação Fórum Campinas Inovadora, além de professor em cursos de MBA da Inova Business School e cadeira “Inovação Aberta” dos cursos online e do Curso “Conselheiro TrendsInnovation” da mesma instituição. Membro do Conselho Municipal de Ciência Tecnologia e Inovação de Campinas e de Conselhos de Administração de várias Startups do Select Portfólio da Venture Hub. Vice Presidente de Ecossistema da CampinasTech, a Associação das Startups de Campinas.